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Conheça a tecnologia por trás da vacina nacional contra a covid-19


 

Hans Paul Mösl*

 

Nenhuma notícia é tão aguardada neste ano como o aviso da Prefeitura de cada cidade informando a data para a vacinação contra o coronavírus. Porém, até que esse momento chegue para todos nós, a indústria farmacêutica corre para dar conta da importação de insumos, produção do imunizante e distribuição das doses.

Por trás do momento tão desejado da aplicação, estão anos de investimento, planejamento e pesquisa. Para que uma planta de fabricação de vacina saia do papel e passe a produzir, muita tecnologia deve ser acionada.

As novas unidades, como por exemplo o Instituto Butantan e Biomanguinhos, da Fiocruz, estão em fase adiantada de projeto, e pretendem iniciar a produção já no final de 2021. Com isso, o Brasil deixará de apenas importar o Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) para manipulação e envase, passando à condição de fabricante. Teremos nossa vacina nacional.

Tenho a honra de participar do projeto, fornecendo especificações ideais para alguns equipamentos a serem usados na nova planta com o objetivo de garantir contaminação zero. São direcionamentos fornecidos pela área de engenharia, de forma que possamos fazer análises específicas. Para isso, é desenhada toda a linha de produção (projeto isométrico), com as respectivas linhas de água PW, WFI, CIP, vapor, produto, e ainda todos os tanques, bombas, filtros e outras especificações.

De posse dessas informações, é possível direcionar soluções para a melhor especificação de válvulas, medidores de vazão, termostatos, entre outros sistemas de medição e controle.

Muitas vezes, quando uma unidade do ramo farmacêutico está nesse estágio, é possível sugerir modificações que irão permitir economizar, aumentar a segurança contra contaminações e agilizar todo o processo. Trata-se dos blocos de válvulas, que integram diversos equipamentos em um único conjunto. Sua principal vantagem é eliminar qualquer milímetro de espaço entre peças – conhecidos como “área morta” –, que representam um grave problema, pois permitem a proliferação de microrganismos que podem levar à degeneração do produto.

Com o uso dos blocos, podemos maximizar as soluções do projeto, que sairá muito mais inteligente e moderno. Nesse ramo, não se pode tolerar qualquer contato com microrganismos, seja na produção ou no envase. Além disso, algumas normas técnicas devem ser seguidas, como a ASME BPE (EUA), ISPE Baseline and Guidance, ISO 22519 (para a geração de PW e WFI) e European Hygienic Engineering and Design Group (EHEDG).

Com investimentos nessa linha, podemos garantir que a vacina nacional terá tecnologia de ponta, muita pesquisa – e trabalho duro – por trás. Que ela venha rapidamente!

 

* Hans Paul Mösl é administrador de empresas e gerente geral de vendas da área PFB (farmacêutica, alimentícia e de biotecnologia) da GEMÜ Válvulas, Sistemas de Medição e Controle.

 

Sobre a GEMÜ - A filial da multinacional alemã criada por Fritz Müller na década de 1960 disponibiliza ao mercado brasileiro válvulas de extrema eficiência e qualidade. A planta situada em São José dos Pinhais (PR), que conta com 100 colaboradores e completa 40 anos em 2021, produz válvulas e acessórios para o tratamento de água e efluentes em indústrias de todas as áreas, como siderurgia, fertilizantes e setor automobilístico, bem como para integrar sistemas de geração de energia. Na área de PFB (farmacêutica, alimentícia e biotecnologia), a GEMÜ é líder mundial e vende para toda a América Latina produtos de alta precisão, com atendimento local, além de consultoria com profissionais capazes de orientar na escolha da melhor solução em válvulas para cada aplicação. Mais informações: https://gemu-group.com/pt_BR/

 
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