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Bayer deixa varejo de lado para investir em alto custo


Adib Jacob, presidente da Bayer para a América Latina, revelou ao Valor Econômico os planos de direcionar os esforços e investimentos para o atendimento a governos e operadoras de saúde, por meio de medicamentos de alta complexidade. Esse segmento representa apenas 20% do faturamento da companhia. Embora responda por 80% dos negócios, as vendas ao varejo serão colocadas em segundo plano na estratégia de expansão.

A meta é que a participação dos medicamentos de alto custo chegue a 50% na região em 2022. Para isso, a farmacêutica projeta seis lançamentos nessa área até o início do próximo ano. A expectativa é que remédios dessa categoria gerem para a Bayer um crescimento global de 4,5% a 5%, sendo que a América Latina deverá registrar uma evolução maior.

Dos novos medicamentos programados, cinco já foram apresentados ao mercado brasileiro. Um deles é o Kovaltryo, para combate a casos de hemorragia em pacientes hemofílicos, que foi aprovado no dia 6 de janeiro e aguarda a definição de preço pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). Outros três remédios serão destinados a tratamentos de câncer.

Atualmente, a divisão farmacêutica da Bayer reúne cerca de 50 medicamentos comercializados no Brasil, incluindo seu carro-chefe – o Xarelto, voltado a doenças cardiovasculares e que agora também foi indicado para proteção vascular. Essa nova especialidade depende apenas de aval da Anvisa. O produto já representa 30% da receita da empresa no Brasil, com movimento de vendas de R$ 500 milhões.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

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