Notas de Interés

Anvisa aprova primeiro medicamento específico para tratamento preventivo da enxaqueca

 

  • Com segurança e eficácia comprovadas, medicamento biológico consegue bloquear o ciclo da doença e impedir crises1
  • Tratamento mensal chegará ao mercado via clínicas de aplicação e delivery em seringas pré-preenchidas com dose única
  • A enxaqueca é terceira doença mais comum no mundo2 e atinge 1 a cada sete pessoas3

 

A Anvisa, órgão de regulação de saúde do Brasil, aprovou em 25/03/2019  o primeiro tratamento preventivo específico para enxaqueca no país4. Trata-se do medicamento biológico erenumabe, comercialmente registrado como PasurtaÔ. Ele será comercializado pela Novartis no Brasil e a previsão é que a população poderá adquiri-lo ainda no primeiro semestre de 2019.

 

Erenumabe é o primeiro anticorpo monoclonal totalmente humano desenvolvido especificamente para bloquear os receptores do peptídeo relacionado com os genes de calcitonina (CGRP), responsável por desencadear crises de enxaqueca5. Os níveis de CGRP sobem durante as crises e se normalizam quando elas acabam5. Em estudo internacional, a eficácia do erenumabe na prevenção da doença foi demonstrada e a segurança é comparável ao uso de placebo.6-7 O medicamento já conta com aprovação nos Estados Unidos8 e Europa9.

 

“Em linha com o compromisso da Novartis com os pacientes e cuidadores, chega ao Brasil uma inovação mundial em tratamentos imunobiológicos. As pessoas com enxaqueca passarão a contar com uma opção de tratamento preventivo com efeitos colaterais quase nulos”, destaca Luis Boechat, Diretor Médico da Novartis Brasil.

 

A enxaqueca é uma doença neurológica e a terceira enfermidade mais prevalente no mundo2. Muito mais que uma dor de cabeça, ela incapacita a pessoa com náuseas, vômitos, sensibilidade à luz, som e odores, além das cefaleias recorrentes e pulsantes, típicas da enfermidade10. A causa e os gatilhos da enfermidade neurológica não são totalmente compreendidos e podem variar de pessoa para pessoa. No entanto, o peptídeo relacionado com os genes de calcitonina (CGRP) tem sido colocado em um papel importante no ciclo da enxaqueca.11

 

A enxaqueca atinge uma a cada sete pessoas, o que representa no Brasil cerca 30 milhões de pessoas3. E as mulheres tem três vezes mais incidência do que nos homens12. Também conhecida migrânea, a enfermidade está associada à dor pessoal, redução da qualidade de vida e custo financeiro para a sociedade.13Trata-se de uma doença que causa impacto profundo sobre as habilidades de um indivíduo para realizar tarefas cotidianas.14

 

Em pesquisa internacional que envolveu 11 mil pessoas no mundo, de 31 países diferentes, incluindo o Brasil15, os pacientes relataram que a enxaqueca diminuiu pela metade a produtividade no trabalho (53% de redução)15. O estudo também mostrou que 60% dos trabalhadores que têm enxaqueca grave perdem, em média, uma semana de trabalho por mês.15 E, apesar da maioria dos empregadores terem conhecimento sobre a doença do colaborador (63%), apenas 18% tinha apoio no trabalho.15

 

 

Sobre a Novartis

A Novartis está reinventando a medicina para melhorar e prolongar a vida das pessoas. Como líder global em medicamentos, utilizamos inovações científicas e tecnologias digitais para criar tratamentos transformadores em áreas de grande necessidade médica. Com foco na descoberta de novos medicamentos, estamos entre as principais empresas do mundo que investem consistentemente em pesquisa e desenvolvimento. Os produtos da Novartis alcançam mais de 800 milhões de pessoas em todo o mundo e estamos encontrando maneiras inovadoras de expandir o acesso aos nossos tratamentos mais recentes. Cerca de 130 mil pessoas de quase 150 nacionalidades trabalham na Novartis em todo o mundo. Saiba mais em: www.novartis.com.

 

Referências

  1. Reuter, U et al. Efficacy and safety of erenumab in episodic migraine patients with 2-4 prior preventive treatment failures: Results from the Phase 3b LIBERTY study. Emerging science abstract presented at AAN, 24 April 2018, Los Angeles.
  2. Migraine Research Foundation. Migraine Fact Sheet. 2015. http://www.migraineresearchfoundation.org/fact-sheet.html. Acesso em janeiro de 2018.
  3. Schwedt TJ, Vo P, Fink R et al. Work productivity amongst those with migraine: results from the My Migraine Voice survey.  Abstract presented at the 60th Annual Scientific Meeting of the American Headache Society (AHS), San Francisco, CA, EUA, 28 de junho a 1 de julho de 2018.
  1. WHO. How common are headaches?. Disponível em: http://www.who.int/features/qa/25/en/. Acesso em: 25 de junho de 2018.
  2. xxDados da publicação da Anvisaxx
  3. Cernuda-Morollón E, Larrosa D, Ramón C, Vega J, Martínez-Camblor P, Pascual J. Interictal increase of CGRP levels in peripheral blood as a biomarker for chronic migraine. Neurology. 2013 Oct 1;81(14):1191-6. doi: 10.1212/WNL.0b013e3182a6cb72.
  4. Novartis announces Phase III study shows AMG 334 significantly reduces monthly migraine data in people with episodic migraine. https://www.novartis.com/news/media-releases/novartis-announces-phase-iii-study-shows-amg-334-significantly-reduces-monthly. Acesso em janeiro de 2018.
  5. Novartis announces AMG 334 significantly reduces monthly migraine days in second pivotal Phase III episodic migraine study. https://www.novartis.com/news/media-releases/novartis-announces-amg-334-significantly-reduces-monthly-migraine-days-second. Acesso em janeiro de 2018.
  6. FDA. FDA approves novel preventive treatment for migraine. Disponível em: https://www.fda.gov/newsevents/newsroom/pressannouncements/ucm608120.htm. Acesso em 25 de junho de 2018.
  7. EMA. Disponível em: http://www.ema.europa.eu/ema/index.jsp?curl=pages/medicines/human/medicines/004447/smops/Positive/human_smop_001297.jsp&mid=WC0b01ac058001d127
  8. National Institute for Neurological Disorders and Stroke. https://www.ninds.nih.gov/Disorders/All-Disorders/Migraine-Information-Page (link is external). Acessado em janeiro de 2018.
  9. Russo AF. Calcitonin gene-related peptide (CGRP): a new target for migraine. Annu Rev Pharmacol Toxicol. 2015;55:533-552.
  10. Burch RC1, Loder S, Loder E, Smitherman TA. The prevalence and burden of migraine and severe headache in the United States: updated statistics from government health surveillance studies. Headache. 2015 Jan;55(1):21-34.World Health Organization. Headache disorders. http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs277/en/ (link is external). Acessado em janeiro de 2018.
  11. World Health Organization. Estimates for 2000-2012. Disease Burden. 2012.
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