Pharmaceutical Technology Brasil Ed. 2-20

Pharmaceutical Technology 32 Edição Brasileira - Vol. 24 / Nº2 desempenho dos excipientes. Portanto, a escolha adequada do excipiente deve ba- sear-se nas características dos princípios ativos contidas em formas farmacêuticas, bem como, na possibilidade de interação destas substâncias com os excipientes. E através dos conhecimentos na área biofarmacêutica e da disponibilidade de tecnologias de produção e métodos analíticos sofisticados, tem sido uma preocupação das indústrias farmacêuticas o desenvolvimento de formas farmacêu- ticas cada vez mais específicas, estáveis, seguras e, claro, com eficácia terapêutica aumentada. Deparados com esse cenário, os formuladores de produto necessitam de maior funcionalidade e performance dos excipientes farmacêuticos. Em contrapar- tida, ciclos mais curtos de desenvolvimen- to significammenos tempo e investimento para investigar novos componentes, fazendo com que os profissionais da área de Pesquisa & Desenvolvimento utilizem excipientes que possuem várias funções, e que sejam preferencialmente consolidados no mercado e também acessíveis financei- ramente (32) n Referências bibliográficas 1. KIM et al. Effect of magnesium carbonate on the solu- bility, dissolution and oral bioavailability of fenofibric acid powder as an alkalising solubilizer. Archives of Pharmacal Research, 2016. 2. MURA et al. Characterization and evaluation of the performance of different calcium and magnesium salts as excipients for direct compression. International Journal of Pharmaceutics, 2019. 3. SAKAMOTO et al. Potential Use of MagnesiumOxide as an Excipient to Maintain the Hardness of Orally Disin- tegrating Tablets during Unpackaged Storage. Journal of Chemical and Pharmaceutical Research, 2018. 4. PATEL et al. The effect of excipients on the stability of levothyroxine sodium pentahydrate tablets. Interna- tional Journal of Pharmaceutics, 2003. 5. ALSULAYS et al. Preparation and evaluation of enteric coated tablets of hot melt extruded lansoprazole. Drug Development and Industrial Pharmacy, 2016. 6. SIENER; JAHNEN; HESSE. Bioavailability of magnesium fromdiVerent pharmaceutical formulations. Urological Research, 2011. 7. PRADO; ROCHA. Estado Sólido na Indústria Farmacêu- tica: Uma Breve Revisão. Revista Virtual de Química, 2015. 8. YANG et al. Amorphous Magnesium Carbonate Nanoparticles with Strong Stabilizing Capability for Amorphous Ibuprofen. International Journal of Phar- maceutics, 2018. 9. LI et al. Novel Bio-functional Magnesium Coating on Porous Ti6Al4V Orthopaedic Implants: In vitro and In vivo Study. Scientific Reports / Nature, 2017. 10. JIN et al. A Biodegradable Mg-Based Alloy Inhibited the Inflammatory Response of THP-1 Cell-DerivedMa- crophages Through the TRPM7–PI3K–AKT1 Signaling Axis. Frontiers in Immunology, 2019. 11. SCHILLING et al. Engineering of biodegradable magne- sium alloy scaffolds to stabilize biological myocardial grafts. Biomedical Engineering, 2017. 12. PARAI; BANDYOPADHYAY-GHOSH. Engineered bio- nanocomposite magnesium scaffold for bone tissue regeneration. Journal of the Mechanical Behavior of Biomedical Materials, 2019. 13. ZHANG, CHEN; MAO. Magnesium Enhances Osteoge- nesis of BMSCs by Tuning Osteoimmunomodulation. BioMed Research International, 2019. 14. MAetal.Bio-AdaptionbetweenMagnesiumAlloyStent and the Blood Vessel: a Review. Journal of Materials Science & Technology, 2015. 15. GOODMAN E GILMAN. As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 13ª Edição, Artmed, 2019. 16. BRASIL.RESOLUÇÃODADIRETORIACOLEGIADANº242, DE 26 DE JULHO DE 2018. Regulamenta o registro de vitaminas, minerais, aminoácidos e proteínas de uso oral, classificados como medicamentos específicos. 17. BRASIL. INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 28, DE 26 DE JULHO DE 2018. Estabelece as listas de constuintes, de limites de uso, de alegações e de rotulagem com- plementar dos suplementos alimentares. 18. ZHENG et al. Association Between Serum Level of MagnesiumandPostmenopausalOsteoporosis:AMeta- analysis. Biological Trace Element Research, 2014. 19. MAZIDI;REZAIE;BANACH.Effectofmagnesiumsupple- ments on serumC-reactive protein: a systematic review and meta-analysis. Archives of Medical Science, 2018. 20. ESFANJANI et al. Supplementation of Magnesium– L-Carnitine in Migraine Prophylaxis. Biological Trace Element Research, 2012. 21. RAJIZADEH et al. The Effect of MagnesiumSupplemen- tation on Depression Status in Depressed Patients with Magnesium Deficiency: A Randomized, Double-blind, PlaceboControlled Trial. The International Journal of Applied and Basic Nutritional Sciences, 2017. 22. ABBASIetal.Theeffectofmagnesiumsupplementation on primary insomnia in elderly: A doubleblind placebo- controlled clinical trial. Journal of Reasearch inMedical Sciences, 2012. 23. ZHANG et al. Effects of Magnesium Supplementation on Blood Pressure: A Meta-Analysis of Randomized Double-Blind Placebo-Controlled Trials. Hypertension, 2016. 24. TOPRAKA et al. Magnesium Replacement Improves the Metabolic Profile in Obese and Pre-Diabetic Patients with Mild-to-Moderate Chronic Kidney Disease: A 3-Month, Randomised, Double-Blind, Placebo-Contro- lled Study. Kidney and Blood Pressure Research, 2017. 25. PASCHOAL, V.; MARQUES, N.; SANT’ANNA, V. Nutrição Clínica Funcional: Suplementação Nutricional. Volume I. São Paulo: Capítulo 3, p. 59 – 79. 26. SETARO et al. Magnesium status and the physical per- formance of volleyball players: effects of magnesium supplementation. Journal of Sports Sciences, 2014. 27. SCHUCHARDT;HAHN. IntestinalAbsorptionandFactors Influencing Bioavailability of Magnesium. Current Nutrition & Food Science, 2017. 28. MOEINI-NODEH et al. Functional Improvement in Rats’ Pancreatic IsletsUsingMagnesiumOxideNanoparticles Through Antiapoptotic and Antioxidant Pathways. Biological Trace Element Research, 2016. 29. BEHZADIetal.Albuminbindingandanticancereffectof magnesium oxide nanoparticles. International Journal of Nanomedicine, 2019. 30. TORABI et al. MgO and ZnO nanoparticles anti-noci- ceptive effect modulated by glutamate level and NMDA receptor expression in the hippocampus of stressed and non-stressed rats. Physiology & Behavior, 2019. 31. DUALÉ et al. An Advanced Formulation of aMagnesium Dietary Supplement Adapted for a Long-Term Use Supplementation ImprovesMagnesiumBioavailability: In Vitro and Clinical Comparative Studies. Biological Trace Element Research, 2018. 32. PESSANHA et al. Influence of functional excipients on the performance of drugs in dosage forms. Revista Brasileira de Farmácia, 2012. Ainda no segmento farmacêutico, há o magnésio nano particulado. Vários estudos têm reportado os benefícios do magnésio em escala nanométrica em terapias contra o câncer (28-29) e terapia analgésica (30). Outro fato curioso é que ocorre uma melhora na eficiência do magnésio no or- ganismo quando este é liberado de forma prolongada. Um ensaio clínico randomi- zado e duplo-cego, com 12 voluntários saudáveis e normo-magnesêmicos, teve como objetivo comparar o perfil de libe- ração de magnésio e a biodisponibilidade entre um comprimido de baixa dose de magnésio (100 mg) de liberação contínua versus a uma alta dose de magnésio (300 mg) de liberação imediata. Tal estudo também avaliaou a diminuição do risco de efeitos colaterais gastrointestinais causados por excesso de magnésio. Como principal resultado, enquanto o compri- mido que continha 300 mg de magnésio liberou o mineral dentro de 1 hora após a dissolução, o comprimido que continha 100 mg de magnésio proporcinonou uma liberação contínua do magnésio por 6 horas. A partir disso, evidenciou-se que o comprimido de baixa dose de magnésio gera uma liberação contínua por todo o trato gastrointestinal, melhorando a absorção e a biodisponibilidade, além de melhorar a tolerância gastrointestinal (31). Falando brevemente sobre a aplicação do magnésio em produtos cosméticos, temos especialmente a utilização do magnésio em produtos dermocosméticos e desodorantes. Nos dermocosméticos tem- -se levado em consideração suas proprie- dades antioxidantes, anti-inflamatórias, hidratantes e modulador da flora cutânea. Em desodorantes, o foco tem sido a subs- tituição do alumínio, visto que a literatura tem questionado a segurança do alumínio para a saúde. Mediante a todo esse compilado de aplicações do magnésio, principalmente como excipiente (melhora da estabilidade dos produtos, do processo de extrusabi- lidade, granulação e compressão direta; interferência positiva na absorção, desin- tegração, dissolução e biodisponibilidade; entre outras), definir bem o que se pre- tende enquanto produto é essencial para escolher os excipientes apropriados. É do conhecimento científico que o comportamento do produto farmacêutico é dependente não somente de variáveis do processo produtivo, mas também do

RkJQdWJsaXNoZXIy NzE4NDM5